“O Homem é aquilo em que acredita”
Anthon Tchekhov
Uma crença ou uma convicção é uma sensação de CERTEZA sobre o significado de alguma coisa.
Como são geradas essas crenças?
Segundo Bruno Hohl “entre as idades de dois a sete anos, nós desenvolvemos fortemente a imaginação e as emoções, mas ainda não desenvolvemos a nossa capacidade cognitiva de pensar de forma lógica, ou seja, na infância experimentamos a nossa realidade como uma esponja emocional e não somos capazes ainda de racionalizar aquilo que nos é dito ou vivido. Dessa forma, sem apoio da cognição, vamos vivendo experiências às quais atribuímos uma grande carga emocional e vamos registando todos esses acontecimentos no nosso inconsciente. Formulamos as nossas crenças pessoais a partir das experiências emocionais e adotamos as crenças culturais e familiares sem questioná-las. Uma vez formadas, elas tomam lugar no nosso inconsciente e agimos a partir delas sem nos apercebermos.”
As crenças que nos limitam geralmente estão associadas a medos conscientes ou inconscientes que surgem pelas necessidades não atendidas. As três necessidades básicas são sobrevivência (não tenho o suficiente), reconhecimento (não tenho o amor suficiente) e pertença (não sou o suficiente).
É de extrema importância identificar as crenças limitadoras. A partir do momento em que as nossas crenças se tornam conscientes, nós somos capazes de mudá-las e assim gerir os nossos medos. Toda a situação em que nos encontramos é neutra. São as nossas crenças, baseadas nas necessidades não atendidas, que determinam os nossos comportamentos.
Todos nós criamos e experimentamos uma realidade emocional através dos nossos pensamentos e crenças.
No entanto, as crenças são mutáveis, podem ser alteradas. Essas crenças foram criadas de forma inconsciente. E a mente inconsciente é responsável por 95% das nossas ações.
O primeiro passo para nos libertarmos de uma crença limitadora é torná-la consciente. É fundamental tornar algo que é oculto em visível. Só assim podemos trabalhar a crença limitadora.
Em determinada altura da minha vida, no início da fase adulta, tive a necessidade de compreender porque é que certos comportamentos estavam enraizados em mim, porque é que certas experiências menos boas vivenciadas em criança condicionavam a minha vida e a minha forma de agir. Se eu queria atingir determinados objetivos e realizações, o caminho que estava a seguir não me traria os resultados pretendidos.
No fundo, eu sabia o que estava na raiz desses pensamentos e emoções. No entanto, queria alterar os comportamentos ineficazes desencadeados por esses pensamentos e emoções tóxicas. Tinha que entrar no palco da minha vida e fazer uma mudança de comportamento. Continuar a acreditar em verdades autodestrutivas não era de todo o melhor caminho.
Com a ajuda de profissionais extraordinários que têm cruzado o meu caminho cheguei a uma brilhante conclusão: Crenças limitadoras. Tinha encontrado a pólvora. A explicação para todos esses comportamentos.
O facto de me interessar por psicologia ajudou bastante. Explorei vários caminhos desde, hipnoterapia, programação neurolinguística (PNL), coaching, psicologia positiva, fasciaterapia e terapia do campo do pensamento (TFT). Todas estas ferramentas proporcionaram-me aprendizagens maravilhosas e contribuíram de uma forma profunda para o meu autoconhecimento.
Acredito que é de extrema importância o investimento em nós mesmos, no nosso potencial. É fundamental acreditarmos que somos capazes de nos superar a cada dia.